Mais um fim de férias escolares, bateria recarregada e prontos para mais dois bimestres. Tempo de manter o bom desempenho, ou recuperar o tempo perdido, é chegada a hora da decisão: agora ou vai ou racha! afinal ninguém quer ficar para trás. Boa volta a todos, e mãos a obra!
Espaço dedicado para disseminação do conhecimento histórico, permitindo uma maior aproximação de todos aqueles que amam essa ciência, e também como fonte de discussão e aprendizado para alunos e ex-alunos, auxiliando no processo de aprendizagem em sala de aula, bem como suscitando reflexões a cerca da nossa importância como agentes históricos.
terça-feira, 31 de julho de 2012
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Olímpia, Olimpíadas e Política.
Hoje
tem início oficialmente à trigésima olimpíada da era moderna na cidade de
Londres, capital do Reino Unido. Mas vocês sabem como tudo começou? Os gregos
já por volta do ano de 2500 a.c realizavam competições como forma de homenagear
seus deuses, porém no ano de 776 a.c essas com petições foram organizadas de
modo que atletas de todas as cidades-estados do mundo grego se reunissem em
Olímpia, para participar dos jogos como uma forma de manter a paz e harmonia
entre as cidades. Essas competições aconteceram até o ano de 392 d.c, quando a
Grécia ocupada pelos romanos foi proibida de manifestações religiosas do
politeísmo pelo então imperador romano Teodósio I, convertido ao cristianismo.
Essa lacuna de tempo durou até o ano
de 1896, quando Pierre de Frédy, mais conhecido como Barão de Coubertin após
muito esforço conseguiu reacender o sonho olímpico organizando a primeira olimpíada
da era moderna na Grécia, berço das competições esportivas. Os jogos olímpicos desde
os seus primórdios tem como objetivo principal promover a paz e harmonia entre
os povos, mas nem por isso o evento deixou de ser utilizado como ferramenta
política.
Por
muitas vezes o espírito olímpico quase foi usurpado por governos que por meio
do evento tentaram demonstrar sua força e ideais. Um dos momentos mais
emblemáticos do uso político dos jogos ocorreu nas olimpíadas de Berlim em
1936, pois Adolf Hitler pretendia mostrar ao mundo a superioridade da raça
ariana, e o poder da Alemanha nazista. Ao contrário do que desejava o fuhrer, o
que o mundo viu foi sua humilhação quando o atleta norte americano Jessen Owens,
que era negro ganhou quatro medalhas de ouro no atletismo.
Outro momento curioso dos jogos
ocorreu nas olimpíadas de 1948 em Londres (essa de 2012 já é terceira na
cidade), em um dos eventos mais clássicos dos jogos, a maratona. Reza a lenda
que no ano de 490 a.c em uma batalha na planície de Marathónas os atenienses
foram ameaçados pelos seus inimigos que disseram que caso vencessem, invadiriam
Atenas e estuprariam suas mulheres e matariam seus filhos. Com medo da ameaça
os gregos combinaram com suas mulheres que caso não recebessem a noticia da sua
vitória em 24 horas, matassem seus filhos e se suicidassem. Os gregos venceram,
porém a batalha durou mais tempo. Com medo de que o plano já tivesse sido
executado pelas mulheres, o general grego Milcíades mandou seu melhor corredor,
Filípides dar a notícia. Ele correu o percurso de 42 km até Atenas o mais
rápido possível, e antes de cair morto conseguiu dizer apenas “vencemos”.
Voltando em 1948, a clássica competição de 42 km teve seu percurso alterado em
mais 195 metros apenas para que a família real britânica pudesse assistir o
inicio da corrida dos jardins do Palácio de Windsor. Essa distancia permanece
até hoje.
Durante a Guerra Fria os jogos olímpicos foram utilizados como demonstração de força entre capitalistas e comunistas. Os Estados Unidos, principal país capitalista ocidental demonstrava sua força como potência não só nas guerras em que se envolviam como também nos esportes. Da mesma forma a URSS e os demais países do bloco comunista mostrava todo seu poderio por meio das competições. Essa "batalha" olímpica entre as potências da guerra fria não ficou apenas dentro do esporte em si. Em 1980 os Estados Unidos boicotaram as olímpiadas de Moscou na Rússia, em protesto contra a invasão dos soviéticos no Afeganistão. Quatro anos depois foi à vez da URSS dar o troco nos norte americanos, não participando dos jogos de Los Angeles em 1984, alegando que sua delegação não teria segurança para participar.
O momento mais dramático dos jogos olímpicos
aconteceu em Munique em 1972, quando o grupo palestino Setembro Negro invadiu o
local onde estava a delegação de Israel e sequestrou alguns atletas. Os
palestinos acabaram matando 11 atletas israelenses, nos jogos olímpicos mais
trágicos da história. Após esse episódio o COI (Comitê Olímpico Internacional),
passou a tomar cuidados de segurança para os atletas durante o evento.
Como vimos às olimpíadas não são
somente a grande festa esportiva das nações, onde o importante é competir, manter
a paz e harmonia entre os povos. E claro que o espírito que os gregos antigos e
o Barão de Coubertin sonharam ainda permanece vivo, mas não podemos ser ingênuos
em achar que os interesses políticos não se aproveitam do evento. Ainda em
tempo, não podemos cometer gafes em 2016. Os jogos nem começaram e a
organização de Londres já cometeu uma falha enorme, onde já se viu confundir a bandeira da
Coréia do Norte com a do Sul, até parece que não conhecem Geografia e
História...
P.S: Pessoal não esqueçam do projeto Interdisciplinar das Olimpiadas agora no 3º bimestre.
quarta-feira, 25 de julho de 2012
Capitalismo selvagem
Compartilho um ótimo documentário sobre as grandes corporações que dominam o planeta. O filme "A Corporação" mostra de forma muito audaciosa e curiosa, como essas grandes empresas se formaram, como funcionam como se fosse um ser com vida própria, e não dirigidos por seres humanos. É extremamente interessante a forma como são apresentadas as empresas, como se fossem pessoas com emoções humanas. Um importante documento histórico que nos faz refletir a respeito da sociedade em que vivemos, em um mundo no qual o mais importante é o lucro, não se importando com o planeta com seus recursos findáveis, e muito menos as formas de vida existente nela, nem mesmo com a nossa.
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